Qual time você torce? Se for Corinthians como eu, com certeza você se comporta como um torcedor do Corinthians? Certo? Veste a camisa do Corinthians, senta na arquibancada do Corinthians. E se for palmeirense, são paulino, santista, essa identidade deve ficar clara a todos. E como cristão, do mesmo modo, temos que vestir a camisa de Cristo. Deixar claro de quem somos. Mas será que as pessoas onde você convive sabem que você é um cristão, assim como sabe o time que você torce? Ou melhor, será que as suas atitudes lá fora são de alguém que se diz cristão? Se dizemos que somos cristãos, mas ninguém que convive ao nosso redor percebe que somos cristãos, então há algum problema. De nada adianta dizermos que somos cristãos se nossas atitudes não demonstram isso.
Muitos cristãos sinceros creem que para se ser um verdadeiro cristão basta: conhecer a biografia de Jesus, acreditar Nele, frequentar uma igreja nos domingos, ter uma bíblia em casa, um adesivo de Deus no vidro do carro. Mas só isso não provam que de fato você é um cristão. O pior é que nos enganamos com essas fachadas achando que isso já é o bastante, que já estamos convertidos.
“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! ” II Coríntios 5:17
Quando alguém se faz cristão, torna-se uma pessoa totalmente nova por dentro. Já não é mais a mesma. Teve início uma nova vida, passa a ser um seguidor de Cristo. Mas muita gente acha os ensinamentos de Jesus bonitos, até terem que colocá-los em prática. A verdade, porém, é que os ensinamentos da Bíblia contrariam a nossa natureza pecaminosa, desagradam a nossa carne. Então, muita gente prefere continuar vivendo sem a interferência de Jesus em suas vidas. Mas se somos seguidores de Jesus, a Bíblia é o nosso manual de vida e, quando vivemos o que esse manual de vida nos ensina, nosso estilo de vida nos faz diferentes do mundo. A Palavra de Deus não é somente para nós lermos, mas sim lermos e praticarmos, ou seja, a Palavra de Deus tem que fazer parte da nossa vida diária.
“aquele que afirma que permanece nele, deve andar como Ele andou.” I João 2:6
Quando eu li essa parte eu percebi que ler a Bíblia não é somente ler, mas sim praticar, tornar o que lemos a nossa vida! Buscar parecer com Jesus! E quando andamos muito com uma pessoa e temos muito contato com ela, a convivência nos deixa parecidos não é verdade? Sem perceber falamos parecido, andamos parecido, rimos parecido… Enfim, nossas atitudes lembram a outra pessoa. Assim também será se você e eu andarmos com Jesus todo o momento, toda hora, se conversarmos com ele 24 horas por dia, se abrirmos nosso coração para ele ficaremos cada dia mais parecidos com Ele! “Andar como ele andou” significa seguir o comportamento de Jesus,
E como Jesus andava?
1. Jesus andava em amor – Um dos mestres da lei aproximou-se e os ouviu discutindo. Notando que Jesus lhes dera uma boa resposta, perguntou-lhe: “De todos os mandamentos, qual é o mais importante? “Respondeu Jesus: “O mais importante é este: ‘Ouve, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’. O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que estes“. Marcos 12:28-31 – O amor de Cristo não estava preso somente aos seus belos discursos. O amor de Cristo transbordava através de suas atitudes. Quem ama não magoa, não entristece o próximo. O amor de Cristo é incondicional (sem condições).
2. Jesus andava em santidade – A essência da santidade é ser separado ou consagrado a Deus. Uma vida pecaminosa é aquela separada de Deus, para seus prazeres. Todo mundo faz e fala o que é errado, o cristão é separado (santidade), separado do pecado.
3. Jesus era compreensivo – A maneira como Cristo lidou com as falhas de seus discípulos serve de modelo para nós. Quando nossos irmãos na fé ou qualquer pessoa nos desapontam, ou de certa maneira nos tratam de modo injusto não devemos também ser compreensivos e perdoadores assim como Jesus?
4. Jesus era perdoador (Marcos 14:66-72) – Quando Pedro negou Jesus por três vezes. Como Jesus tratou Pedro depois disso? “O Senhor foi levantado e apareceu primeiro Pedro “depois aos doze. Ao invés vez de se ressentir, Jesus perdoou o apóstolo arrependido e fortaleceu. O tamanho do perdão de Jesus é na mesma proporção de seu amor. Eu e você devemos quero ser assim, amar desse jeito, viver bem com todos e perdoar sempre… não importa o que nos façam. Se Jesus perdoou algo sendo tão grande, quem sou eu para não perdoar alguém?
5. Jesus era leal (franco, fiel, honesto) – Jesus foi leal aos seus apóstolos. Apesar de suas fraquezas e imperfeições, ele os amou “até o fim”. João 13:1 “Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.” Como cristãos não devemos permitir que a imperfeição de nossos irmãos nos faça adotar uma atitude crítica e desleal. Cheguei a uma triste conclusão: como as pessoas são desleais umas com as outras. Abraçando e apunhalando por trás: falando mal, traindo, sendo desonesta. E o mais triste é ver isso no meio cristão.
6. Jesus sentia compaixão pelo povo – Mateus 14:14 “Quando Jesus saiu do barco e viu tão grande multidão, teve compaixão deles e curou os seus doentes.” – Compaixão é tristeza causada pela tragédia alheia, produzindo ação para aliviar o sofrimento. Cristo não viveu encaramujado no seu “eu”, estava sempre atento a necessidade do próximo. O clamor do povo tocava a sua sensibilidade e fazia tremer o seu coração. Não tratava o próximo com indiferença. No episódio da multiplicação quando viu que o povo estava com fome, não os despediu de barriga vazia, providenciou alimento para a multidão. Chorou quando viu a angústia do povo de Betânia pela morte de Lázaro. Chorou com os que choram! Sentia compaixão. Vivemos num mundo egoísta, onde nem no meio cristão se vê compaixão, as vezes pena só. Só o fato de ver pessoas indo para o inferno do nosso lado e não fazermos dada, já demonstra a falta de compaixão no meio da igreja.
7. As palavras de Jesus geravam vida – João 6:63b “As palavras que eu lhes disse são espírito e vida.” A respeito à escolha de palavras certas, Jesus deixou o melhor exemplo.Não dizia nada duro ou que magoasse as pessoas. Ao invés disso, escolheu palavras que tocavam o coração dos ouvintes. Nós como cristãos precisam tomar cuidado com isso. Efésios 4:29 – “Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros…” O que dizemos muitas vezes revela o que realmente achamos dos outros. Se nosso coração estiver cheio de amor e compaixão, falaremos coisas positivas e edificantes.
E os palavrões – No Brasil culturalmente se usa fala muito palavrão. Xingar é contra os padrões divinos, é imoral, e causa brecha na sua armadura espiritual e dá abertura ao Inimigo. Os palavrões, normalmente, são palavras que exprimem coisas indecentes, indignas, impuras, maldosas, violentas. Sendo assim, Jesus explica que: “… a boca fala do que está cheio o coração.” (Mateus 12.:34). O uso de palavrões demonstra que o coração da pessoa está sujo de pecado, de impureza, de indecência. A boca é apenas um “escape” daquilo que está dentro da pessoa. Vemos claramente que palavrões, em qualquer forma, não convém ao cristão. E é importante observar, porém, que muitos cristãos que iniciam a sua caminhada, ainda têm muito fortemente em suas vidas as marcas da vida antes de se entregarem a Cristo. Estes devem lutarem contra o costume de usar palavrões. Como cristão assuma uma postura clara contra o uso de palavras obscenas.
E tão importante quanto o que falamos é o modo como falamos – Podemos imitar o modo de Jesus falar por sendo bondosos e gentis. Falar com brandura e tato pode ser um desafio quando a outra pessoa é alguém com quem temos bastante intimidade, como um membro da família, um amigo ou irmão da igreja. Nesse caso, é possível que nos sintamos à vontade para ser bem francos. Será que Jesus achava que, por ter amizade achegada com seus discípulos, tinha liberdade para ser duro com eles? De forma alguma! Quando por exemplo quando seus discípulos mais achegados discutiam sobre quem era o maior, Jesus os corrigiu com palavras bondosas. (Marcos 9:33-37). Que imitemos o exemplo de Jesus por decidir a hora certa para falar, escolher as palavras certas e nos esforçar para ser agradáveis. Assim, o poder da nossa língua será uma cura para os ouvintes e agradará a Deus, aquele que nos deu o valioso dom da fala.
Conclusão: Quem segue os passos de Jesus vai enfrentar desafios. Seguir Jesus significa estar pronto para mudar pensamentos, palavras e atitudes . Seguir a Jesus é dedicar sua vida a ele, deixando para trás a velha vida dominada pelo pecado. O cristão é alguém que vive de maneira diferente, que anda na contramão, e as pessoas percebem. Mas no fim a recompensa será grande. Vai valer a pena estar com Jesus por toda a eternidade.
Deus abençoe, Pra. Ivanilde Augusto.