Textos: Marcos 8: 22-26 e Lucas 18: 35-43

Nos textos que lemos hoje vemos o Senhor Jesus orando e tocando em dois homens cegos, um homem era de Betsaida e outro estava sentado a beira do caminho perto de Jericó. Jesus agiu de forma diferente com os dois, para Bartimeu Jesus disse, veja e ele viu, para o outro Jesus teve que colocar saliva nos olhos e ainda impor as mãos por duas vezes.

Buscaremos ver através destes dois cegos se existe em nós passividade ou não, se houver, precisaremos romper e viver a liberdade que Cristo nos proporcionou. Este ho­mem de Betsaida fora levado por outras pessoas até Jesus e é impressionante a passividade desse homem. Ele era cego e se não fossem seus amigos suplicarem por ele, ele continuaria paralisado nessa mesma condição. Tão diferente de Bartimeu, também cego, que quando fica sabendo que o Senhor Jesus passava por ali grita bem alto filho de Davi tem misericórdia de mim, apesar da repreen­são e rejeição de alguns. Pela insistência de Bartimeu que não parava de gritar, Jesus para e o chama, ele dá um salto e vai correndo até o Senhor. Jesus nem precisa perguntar se ele está vendo, pois o mesmo começa a glorificar a Deus e todo o povo louva a Deus pelo milagre.

A diferença entre os dois cegos – Bartimeu não ficou esperando por ninguém, não ficou parado acomodado com a sua situação e quando as pessoas se levantaram para impedi-lo, ele gritou mais alto ainda e não se intimidou, buscou a sua cura e recebeu. Quando Bartimeu chegou diante do Senhor Jesus ele sabia exatamente o que queria e quando recebeu, se expressou. Fico imaginando ele pulando e gritando glorias a Deus pela cura que recebera, tanto que mesmo seguindo a Jesus pelo caminho a fora, não parava de glorificar.

Em contra partida, o cego de Betsaida ficou esperando ser levado por outras pessoas quando soube que o Senhor chegou naquele lugar. Você conhece alguém assim? E quando estava diante dEle quem rogou e quem clamou por ele foi estas pessoas que o levaram. E dessa forma que age o passivo sua resposta e indiferente e mudo. Jesus agiu diferente com ele, pois o pegou pela mão e o levou para fora da aldeia, pois este precisava de algo mais, uma oração apenas não seria suficiente. Este era mais mudo que cego. Jesus para curar este homem aplica-lhe saliva em seus olhos, isso nos parece estranho, não foi algo comum, mas foi exatamente isso que o Senhor fez, e depois o toca imponde-lhe as mãos. Agora aquele homem enxerga, mas não se expressa e foi necessário o Senhor Jesus lhe perguntar se ele via alguma coisa. É só aí que ele afirma ver pessoas que se parecem com árvores. Em vez de dizer a Jesus que não está enxergando direito, diz o que vê como quem se contenta com uma “meia-cura“.

Jesus, porém, não se contenta com a visão turva dele e por isso executa sua cura completa.

Veja que foi Jesus que toma a iniciativa de perguntar e de orar novamente, pois se não o fizesse, aquele homem continuaria da mesma forma, mudo, calado quantas vezes Deus usa o irmão ou a irmã para falar no pg uma palavra de Deus e o passivo continua com não é comigo.

A única razão para o fracasso das pessoas está na perda ou na falta de foco. É preciso saber o que queremos e aonde sonhamos chegar. Quantas pessoas vivem como aquele cego, contidos em sua própria escuridão existencial, alheios às possibilidades que os cercam, alheios ao poder de Deus e sem interesse quando têm diante de si a abundância de vida.

Quantos vivem em absoluta cegueira quanto ao que Deus deseja realizar em suas vidas e ao próprio valor pesso­al. Quantos vivem sem enxergar a sua verdadeira identidade em Cristo, a sua oportunidade de servir ao Senhor usando seus talentos, seus bens e seu tempo. Muitos não enxergam a benção de estar casados, de ser pais e de ser filhos.

Quantos aqui estão passivos com seu casamento com seu cônjuge, essa passividade chegou e se estalou no seu relacionamento você se acomodou com a situação. Está bom do jeito que está caminhando, o interesse de um pelo outro vem diminuído a cada dia mais não tem importância, não tem o desejo de melhorar não tenho força e nem vontade. Muitos vivem passivos quanto a fé, quanto a família, quanto ao ministério e a salvação.

Quantos vivem e não expressam sua fé e não conseguem ver direito o quanto o Senhor já fez e não valorizam aquilo que já receberam. Muitos desistem por causa das falhas que cometem ou pelas falhas do cônjuge, dos filhos, dos pais, dos líderes etc. Mas Deus me mostrou que a grandeza não é a ausência de falhas, mas a vontade de superá-las. É preciso sair da acomodação e buscar mudanças.

Nossa visão como Igreja é de companheirismo e discipulado. Aquilo que aquelas pessoas fizeram foi certo, pois eles levaram aquele homem até a presença do Senhor Jesus, eles agiram como uma PG deve agir. Precisamos fazer o mesmo, pois a resposta certa para cada vida vem de Deus.

Não podemos ser passivos, não podemos ser pessoas frias, não podemos ficar parados e satisfeitos com aquilo que já conquistamos, Deus tem mais para nos dar e é preciso buscar, receber e se expressar. O que está faltando em nossa vida é o que certamente não valorizamos no passado, e em muitos casos, foi porque ficamos passivos e não agimos

Conclusão:

Aquele cego não sabia que era saliva, deve ter pensado; deve ser algum remédio, Jesus deve estar ungindo os meus olhos. Mesmo pensando assim, foi necessário Jesus fazer duas orações e mesmo assim, precisou da insistência do Senhor Jesus para ele testemunhar e se expressar. Foi exatamente por isso que o Senhor o levou para fora da aldeia, pois diante das pessoas, nem pensar, é muita passividade.

Que nossa visão de Deus, da igreja, do PG, do mundo, de nós mesmos, da nossa família e de todo nosso potencial em Cristo seja plena, clara e tão limpa quanto a existência de Deus. Pois Ele é capaz de realizar um milagre hoje em nossas vidas.

Que nossos olhos sejam abertos agora! Seja livre! Veja! Enxergue! Seja ativo e faça proezas em nome do Senhor Jesus!

Deixe Deus abrir os olhos da sua mente e do seu coração para que você enxergue o que precisa ver e saber.

Com qual dos dois exemplos de hoje você se identifica?

Você busca e persiste ou depende de alguém puxar você?

Ou o que esta palavra falou ao seu coração?

 

Deus abençoe, Pr. Pinho.