Efésios 4:32 “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo”Efésios 4:32 “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo”Perdoar é um dos atos básicos da fé cristã, pois, a nossa entrada na vida que Jesus Cristo nos ofereceu, só foi possível porque recebemos perdão de nosso Deus e Pai. Ele nos perdoou, mediante a obra de seu Filho feita na cruz, em nosso favor. Amor e perdão sempre caminham juntos.

Perdoar é um mandamento da Palavra de Deus. Não é um sentimento, nem depende de nossa vontade ou emoção. Eu devo perdoar em obediência ao mandamento de Deus. E Deixe-me dizer uma coisa a você: é impossível não sentirmos raiva ou ressentimento de alguém. O que não podemos é permitir que esses sentimentos [raiva e ressentimento] tomem conta dos nossos afetos e comandem a nossa vida.

Como lidar com a dificuldade para perdoar

1. Não é preciso lutar contra a pessoa – é preciso lutar contra a cólera, a raiva, a mágoa que se instalou dentro do nosso coração, porque ela faz um grande estrago em nosso interior. Ninguém consegue ser plenamente feliz alojando mágoas e ressentimentos em seu coração.

2. Empenhe-se em fazer as pazes – “Não quero falar com aquela pessoa.” “Tomara que ela não apareça na minha frente!” Se já falou isso de alguém, você precisa fazer algo a respeito, como mostram o seguinte trechos bíblico: Mateus 5:23, 24 “Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta.”

3. Superar obstáculos para fazer as pazes- Sempre há obstáculos para alcançar a paz quando ocorre algum desentendimento. Será que você já disse: “Por que eu tenho de ser o primeiro a fazer as pazes? Foi o outro que causou o problema.” Ou alguma vez já se dirigiu a alguém para resolver algo e ouviu a pessoa dizer: “Não temos nada a falar”? Alguns reagem assim por causa da dor emocional que sofreram.

 Provérbios 18:19 diz: “Um irmão contra quem se transgredi  é mais do que uma vila fortificada; e há contendas que são como a tranca duma torre de habitação.” Por isso, leve em conta os sentimentos da outra pessoa. Se ela não quiser ouvi-lo, espere um pouco e tente de novo. Então talvez a “tranca” tenha sido removida e a “vila fortificada” aberta para uma reconciliação.

Outro obstáculo à paz pode envolver a autoestima. Para alguns, pedir desculpas ou mesmo falar com um adversário é uma humilhação. Essa preocupação não seria, na verdade, orgulho? Assim como uma barreira que interrompe o trânsito numa rodovia, o orgulho impede que se deem os passos que levam à paz. Portanto, se constatar que está resistindo aos esforços para fazer as pazes com alguém, o orgulho pode estar atrapalhando. Como superar isso? Por desenvolver o oposto do orgulho: a humildade.

Como lidar com a dificuldade para “pedir perdão” – Lembre-se também ofendemos

Não temos grandes dificuldades quando ofendemos porque raramente temos a percepção que ofendemos. Quando ofendemos, não sofremos tanto. Tendemos a nos importar pouco com aqueles que têm algo contra nós. Mas saiba que ofensa que praticamos impede ao ofendido de cultuar a Deus e deveria nos incomodar também. A ofensa que recebemos nos impede de cultuar a Deus e deveria incomodar o ofensor também. Precisamos tomar cuidado para não usarmos dois pesos e duas medidas: compreensão, para nós; juízo, para o outro. Em nosso convívio, portanto, devemos pensar antes de falar. Devemos pensar e repensar antes de agir. Se a nossa religião não nos torna mais generosos, amorosos e mais atentos aos outros, ela não vale nada.

Ofendemos? Peçamos desculpas, mas desculpas de verdade, vinda de um sentimento de arrependimento diante da falha cometida por nós.Não peçamos desculpas, pondo a culpa no outro, como, por vezes, fazemos: — Não acho que tenha errado, mas lamento muito que a minha atitude lhe tenta trazido algum dano. — Não tive a intenção de ofender você, mas assim mesmo peço desculpas, — A sua atitude não me deixou alternativa, senão reagir desse modo.     Lamento muito.– Não era esta a minha intenção, mas, se magoei você, queira me desculpar.– Errei, mas, no meu lugar, qualquer um erraria. Desculpe.– Desculpe, mas você sabe que eu sou assim.

O certo é dizermos: “Perdoe-me pelo mal que meu erro lhe causou.”Acho a palavra “desculpas” suave demais. Perdão é mais forte. Perdoe-me é mais pessoal. Dizer perdão é para poucos, só mesmo para os bem-aventurados. Pedir perdão demanda atenção, humildade e coragem.

Ofendemos? Disponhamos-nos a pagar o preço. Se furtei, devo pedir perdão e ressarcir o que surrupiei. Se fofocou, devo pedir perdão e minimizar os efeitos do meu pecado. Se usei palavras duras, devo pedir perdão e me dispor a não as repetir. Se traí a confiança, devo pedir perdão e me propor a ser fiel. Se atravessei a rua para não falar com alguém, Devo pedir perdão e me dispor a gestos mais solidários. Se fui ríspido ou deselegante, devo pedir perdão e me vigiar mais para não explodir de novo. Se faltei a um compromisso, devo pedir perdão e desejar, de coração, nunca mais faltar. Se reagi impensadamente, com violência ou não, devo pedir perdão e orar para que meu jeito de ser seja transformado.

E NA IGREJA

O ideal divino é que haja harmonia nos relacionamentos interpessoais. Porém, até mesmo no ambiente das igrejas há pessoas com relacionamentos rompidos, e o pior de tudo é que destes nem todos procuram praticar a lição pregada por Jesus. Para o Evangelho, preservar a ira, manter inimizades, conservara o ódio, enfim, quebrar o relacionamento sem disposição para praticar o perdão e a reconciliação, constitui-se em pecado que separa as pessoas de Deus. Como isto tem consequências no ambiente da Igreja? Como isto afeta o nosso relacionamento com Deus? Como as pessoas não cristãs recebem a pregação do amor por aqueles que vivem a contender entre si?

1 João 3:15 “Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si.”  Irmãos isso é sério!!!!!Jesus comparou o ódio ao assassinato, quem odeia o seu próximo, diante de Deus já pecou, Mesmo que esse ódio não seja exteriorizado em uma ação ofensiva. A lição de Jesus foi muita clara. Não apenas aqueles que executam o crime são culpados de assassinato, mas também os que falam palavras rudes para os outros ou alimentam pensamentos homicidas. Ele aconselhou os que abrigam tais pensamentos a se reconciliarem com suas vítimas antes de ir para o altar.

QUEM NÃO PERDOA NÃO É PERDOADO – O perdão (ou a falta dele) faz muita diferença na vida de alguém. A reconciliação horizontal determina se a vertical que recebemos de Deus vai permanecer em nossa vida ou não.  A palavra de Deus é clara quanto ao fato de que se não perdoarmos a quem nos ofende, então Deus também não nos perdoará. Foi Jesus Cristo quem afirmou isto no ensino da oração do Pai-nosso:

Mateus 6.14,15 “Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas”.

Deus tem nos dado seu perdão gratuitamente, sem que o merecêssemos, e espera que usemos do mesmo espírito misericordioso para com quem nos ofende. Se nos negamos a perdoar, interrompemos o fluxo da graça de Deus em nossa vida, e nossa reconciliação vertical é comprometida pela ausência da horizontal.

Conclusão: Reconhecemos que não há saída a não ser perdoar ou pedir perdão, mas que, por outro lado, não é algo tão fácil de fazer,
Examinemos nosso coração – Existe em nosso coração alguma atitude de ira contra alguma pessoa? Alguém contra quem estamos magoados? Irados? Alguma ira que não vai embora, Existe alguma decisão em não perdoar alguém que nos tenha ofendido? Se existe algum ódio contra alguém, que você possa ter revelação que com isto está ofendendo a Deus. É necessário confessar, buscar seu perdão, lutar contra o pecado da ira. É necessário confessar nossa falta de humildade, nosso orgulho, nossa falta de amor e dar um fim ao pecado do ódio. Se for preciso, “faça uma lista de ódios ou mágoas”, confesse a Deus e abandone seu pecado. Pense na implicação das palavras de Jesus nos textos de hoje. Quais palavras você tem falado aos semelhantes?

Examinemos nosso comportamento: Existe alguma pessoa contra quem pequei? Alguma pessoa a quem destruí com minhas palavras, ou com minhas atitudes, ou com meu comportamento? Quem sabe a esposa, ou o marido? Quem sabe algum filho, ou pai? Quem sabe alguém na escola, ou no trabalho, ou na igreja? Existe alguém a quem eu esteja levando à depressão, à angústia, por causa dos meus pecados? Existe alguém com quem, por causa das minhas ofensas, devo me reconciliar? Se for assim, você deve procurar isto com o máximo empenho e urgência que estiver ao meu alcance, buscando sabedoria e amor.  Deve buscar no amor do Senhor, para a restauração do seu relacionamento com essa(s) pessoa(s). Talvez você não possa me encontra-la pessoalmente, mas quem sabe um telefonema não ajude a resolver?  Peça sabedoria a Deus para resolver isto. Deus terá prazer em te ajudar, e terá prazer em te ver obedecendo.

 

Deus abençoe, Pra. Ivanilde Augusto.