Eu comecei a semana que se passou fazendo uma declaração muito importante para mim mesmo: “Me recuso a crer que o que Deus tem é só isso: para nossa igreja, para os PGS e para minha vida.”
Esta declaração surgiu por causa de um desejo que tenho de conquistar mais. Sou muito grata a Deus por já me haver dado o que tenho, porém me recuso a crer que é só isso. É que para mim há mais coisas a serem conquistadas! Eu creio, sinceramente, que o melhor de Deus para a minha vida, para a minha família, para essa igreja ainda está para ser conquistado, e eu não posso perder a oportunidade de conquistá-las. E isto, então, me levou a meditar um pouco neste texto da Bíblia, porque, conforme Deus me mostrou, há coisas que podem nos impedir de ser conquistadores. Embora Deus lhes tivesse feito promessas e a terra fosse uma grande benção, toda uma geração perdeu a oportunidade de conquistá-la.
Não basta espiar a terra. É preciso conquistá-la. Saindo do Egito, os israelitas dirigiram-se ao deserto. Canaã ficava bem perto e poderia ser alcançada em poucos dias, mas o povo precisava, antes disso, receber a lei do Senhor. Ficaram, portanto, junto ao monte Sinai durante dois anos, ao fim dos quais partiram para a Terra Prometida onde eles não seriam mais escravos. Canaã, embora tenha sido prometida, precisava ser conquistada. Assim acontece com muitas promessas de Deus que envolvem fé e o esforço humano em sua concretização. Ali chegando, nas imediações de Cades-Barnéia, Moisés escolheu doze homens, um de cada tribo, para entrarem em Canaã numa missão de reconhecimento (Números 13).
CADES BARNEIA É O LUGAR ONDE MUITOS CRISTÃOS ESTÃO – Quase, quase a sair do deserto, era só onze dias até a terra prometida, mas ao vacilar em crer nas promessas de Deus muitos ficam no quase, vivendo no limite entre o que é bom e o que é ruim. Isso em qualquer área de nossas vidas (seja na igreja ou na vida pessoal). Conhecedores da Palavra de Deus e de suas promessas, mas incrédulos.
Aqueles homens eram a elite de Israel, doze príncipes, líderes das tribos, pessoas especiais. Sua convocação foi uma grande honra. Todos aceitaram e atenderam ao chamado. Naquele momento, todos os espias pareciam iguais, podendo ser considerados como exemplos de coragem. Entretanto, passariam por um teste, como acontece a todo servo de Deus em todos os tempos. O teste haveria de revelar a fé de cada um.
Moisés colocou diante deles um desafio: entrar na terra, observá-la e sair, trazendo algumas amostras do seu fruto. Todos os que são chamados e escolhidos por Deus encontrarão desafios em seu caminho. Estes não vêm para nos destruir, mas para nos fazer crescer. Desafios são, quase sempre, oportunidades, degraus para alcançarmos novos patamares na vida. Aqueles doze homens estavam diante de uma grande chance. Moisés não poderia espiar a terra, sozinho. Surgiu então a oportunidade para que os novos líderes pudessem despontar. Daquele grupo sairia o sucessor de Moisés. Se encontrarmos grandes problemas em nosso caminho, eles serão oportunidades para grandes conquistas e até milagres.
Quem foge dos estudos, do trabalho, das dificuldades e dos problemas acaba passando para outros as chances de conquistas e crescimento. Os doze espias obedeceram a Moisés e cumpriram a missão, mas aquele era apenas o início de um longo processo. O próximo desafio seria muito maior, mas nem todos estavam dispostos a aceitá-lo.
Depois de 40 dias, os emissários voltaram com um relatório que pode ser assim resumido:
“Em Canaã tudo é muito grande, mas nós somos muito pequenos”. Descobriram que a terra era habitada por gigantes, entre os quais estavam os terríveis enaquins, filhos de Enaque. Trouxeram um cacho de uvas que precisava de dois homens para carregá-lo. Todos viram o mesmo cenário, mas os observadores dividiram-se em dois grupos: 10 incrédulos e 2 crentes. Dez espias disseram que não poderiam conquistar a terra, porque seus moradores tinham grande estatura. Aqueles homens eram príncipes, mas viam-se como gafanhotos (Nm 13.33). Seria humildade? Não. Era um caso de autodepreciação em virtude da incredulidade. Aí está o problema da autoimagem negativa, que pode anular o potencial do indivíduo e do povo. Entretanto, a fé e a sabedoria podem superar a incapacidade humana. Dois espias, Josué e Calebe, declararam que poderiam conquistar com a ajuda de Deus. Esse dois estavam firmados na fé em Deus e na promessa. O relatório pessimista era baseado na razão e na lógica humana. O relatório da fé estava fundamentado na palavra de Deus.
A ideia de mandar um grupo de pessoas para fazer o reconhecimento da terra não partiu do SENHOR – Deut .1:21 –Moisés esclareceu que Ele no início mandou que o povo subisse e possuísse a terra, sem temer nem se assustar. Mas o povo pediu que primeiro fossem mandados homens para fazer um reconhecimento da terra, e descobrir o caminho pelo qual deveriam ir, e a que cidades – Deuteronômio 1:22-23 “Vocês todos vieram dizer-me: “Mandemos alguns homens à nossa frente em missão de reconhecimento da região, para que nos indiquem por qual caminho subiremos e a quais cidades iremos”. A sugestão pareceu-me boa; por isso escolhi doze de vocês, um homem de cada tribo. “Eles estavam com medo de continuar seguindo atrás da nuvem confiando na direção do SENHOR, como haviam feito até este ponto. O SENHOR estava pronto a dirigi-los, e conhecia perfeitamente a terra e o povo que nela habitava, mas eles não tinham fé suficiente para confiar nEle.
Deus enfureceu-se com essa reação – Antes mesmo de libertá-los do Egito, Ele lhes prometera conduzi-los à Terra de onde emanava leite e mel. “Até quando Me irritará este povo?”, disse o Senhor a Moisés. “E até quando não acreditará em Mim, com todos os sinais que realizei, em seu meio?”
E o povo foi influenciado por aqueles 10 líderes incrédulos – Naquele mesmo dia, os dez espias foram mortos pelo Senhor, e o povo foi condenado a andar errante pelo deserto durante 38 anos (pois 2 anos já haviam passado). Ninguém deu ouvidos aos espias fiéis ao Senhor. Todo o povo quis apedrejar os dois (Josué e Calebe). Num 13:6-10. Eles só escaparam, porque a Glória de Deus apareceu na tenda da congregação a todos os filhos de Israel (Num 13:10). Foram salvos por um triz.
ATITUDES QUE CARACTERIZAM UMA PESSOA INCRÉDULA:
1.Duvida das promessas de Deus
2. Tem memória curta
3. Tem o foco na impossibilidade – Desistimos muito fácil das nossas conquistas: casamento, ministério, profissão, PG. Precisamos crer no sobrenatural de Deus.
4. “Contagia quem esta por perto – Esses espias infamaram a terra, que tinham espiado, perante os filhos de Israel” (Números 13.32). Nunca declare palavras de incredulidade perto de seus filhos, seu cônjuge, familiares, amigos. Somos como uma Bíblia aberta diante das pessoas. Todos estão nos olhando e avaliando nossas atitudes como cristãos. Aquelas más notícias trazidas pelos dez espias contagiou toda a congregação que levantou sua voz e chorou naquela noite. Muitas vezes somos tentados a basear nossas decisões naquilo que os outros fazem ou acham certo fazer. Talvez nossa incredulidade não seja tão definida como a dos dez espias, mas somos inclinados a aceitar o que “todo o mundo” acha, começando pelas perguntas: o que dizem os entendidos? ou o que dizem meus amigos? e evitando fazer a pergunta o que diz a Palavra de Deus? É necessário que nossa fé seja demonstrada pela nossa coragem, externada em nossas palavras e ações.
5. Tem complexo de inferioridade – Esses espias também se consideraram fracos e impotentes. Disseram: “Também vimos ali gigantes, filhos de Anaque, descendentes dos gigantes. E éramos aos nossos olhos como gafanhotos” (Números 13.33).
ATITUDES QUE MARCAM UMA PESSOA DE FÉ:
1. Acredita na vitória
2. Volta a atenção para Deus –
Em Números 14.8, Josué e Calebe falaram: “Se o Senhor se agradar de nós…”
3. Depende de Deus – Em Números 14.8b, Josué e Calebe continuam a dizer: “… então nos porá nesta terra, e no-la dará, terra que mana leite e mel ‘
4. Não é dominada pelo medo – Em Números 14.9, Josué e Calebe animam o povo. Dizem: “… não temais o povo desta terra...” O melhor de Deus ainda está para ser conquistado. Não podemos ter medo de encarar os desafios, de encarar os inimigos. Um relacionamento intenso com Deus é que destrói todo o medo que há em nós. Josué não teve medo, pois aprendeu com Moisés a ter intimidade com Deus.
CONCLUSÃO:
Daqui podemos extrair uma grande lição: se confiarmos em nossos olhos, as dificuldades a nosso redor serão vistas como obstáculos intransponíveis, mas, se confiarmos na Palavra do Senhor, assim como Josué e Calebe, os gigantes serão derrotados e a terra será conquistada. Tenha um relatório de fé, firmeza, força e prove das bênçãos de Deus. Deixamos de desfrutar o mais de Deus quando falamos palavras negativas
Dois homens de fé viram da fé. E, dez incrédulos viram dos sentidos, e avaliaram as possibilidades não segundo Deus,
Quando temos comunhão com Deus possuímos um espírito diferente, somos capazes de conquistar a Terra, de passar pelos problemas sem que os problemas nos vençam, porque mais forte é o que esta conosco do que o que está no mundo.
Deus abençoe, Pra. Ivanilde